sábado, 28 de agosto de 2010









"O amor é um modo de viver e de sentir. É um ponto de vista um pouco mais elevado, um pouco mais largo; nele descobrimos o infinito e horizontes sem limites" Gustave Flaubert


sábado, 21 de agosto de 2010

- A que distância estamos do amor?

O amor não tem distância!

terça-feira, 17 de agosto de 2010






Num daqueles dias bem monótonos receio afirmar que no meio de tanta ausência de poder opinativo me esqueci de dizer a alguém que eu ainda penso e que eu ainda sinto… E que eu sou mais do que um corpo e muito mais do que meia dúzia de palavras, esqueci-me de contar que nesta história que é a minha eu ainda luto, ainda que por vezes em piloto automático… Esqueci-me de me fazer sentir e de me dar à existência… Mas eu ainda vivo… E faço questão de mostrá-lo, ainda que com mais ou menos vontade e convicção... Se de modos falássemos hoje eu seria capaz de refutar a teoria de que a diplomacia deveria estar presente em cada um dos lados do nosso coração, o lado que pensa e o que por sua vez exterioriza... É que de diplomacias utópicas está o pseudo-carácter de muitas pessoas cheio... Pseudo porque raramente, ou quase nunca, atravessa a fronteira da teoria para a acção propriamente dita.
Estranha sentença esta que todas, ou quase todas as pessoas (as outras) têm de limitar-me as capacidades e limitar-me o juízo, justificando isso apenas e só pelo silêncio inerente à minha pessoa e o silêncio às vezes mas, só mesmo às vezes, pode ser bem comprometedor.
Ah se pode… Se os atestados de insanidade se pagassem provavelmente a compra destes seria muito mais contida e certamente muito mais ponderada... É que isto de ser preconceituoso ainda não se paga e também não se aceitam retomas... Ainda assim estou ciente de que ainda não me deixei comprometer, ainda não deixei de me comover, ainda não deixei de me preocupar, ainda não deixei de fazer auto-criticas, auto-avaliações, continuo a medir o meu egoísmo, a racionalizar conceitos e a relativizar problemas...Não me lembro ainda de ter sequer deixado de respirar… Não… Não mesmo! Ando anestesiada, entorpecida pelos sentidos, talvez mas, morta não… Preocupo-me em saber se efectivamente me desmazelei na crença ou se por outro lado fizeram questão de tomar essa decisão por mim... Não me lembro também de algum dia ter permitido sequer a quem ousasse fazer tal... Incoerências estas que apenas me acordam do entorpecimento que é viver em monólogos silenciosos... Quero acreditar que um dia destes não irei necessitar de andar com uma tabuleta na testa para me fazer entender. Portanto que fique bem claro que enquanto viver não permito, nem admito, que me passem uma certidão de óbito. Tenho dito!


P.s.: Foto publicada no site http://olhares.aeiou.pt/ da autoria de Alexandre Grand

quinta-feira, 12 de agosto de 2010






São precisos 100 anos para sentir o calor das mãos que nos agarram e para ver o mapa geográfico das nossas veias... São precisos 100 anos para pegar no arquivo morto, o da infância, o da juventude, o da maioridade para meditar nas acções... São precisos 100 anos para pensar no passado e vive-lo no presente, sim são precisos 100 anos para pegar nos tarecos e ir para um lar e apenas saber nessa altura o que é um lar... São precisos 100 anos para saber a merda que é o orgulho que nos ata as mãos aos abraços que tanto queremos dar, são precisos 100 anos para saber sentir a familia e saber valorizar a sáude... São precisos 100 anos para nos sentirmos felizes com as desventuras que nos fizeram crescer e são precisos esses mesmos 100 anos para adorar viver... São precisos 100 anos para recordar 100 alegrias, 100 momentos,100 pessoas, 100 batalhas e 100 desventuras... São precisos 100 anos para se ter coragem de ser... Sim ser... Mostrar as barreiras que durante esses mesmos 100 anos nos separaram por motivos completamente desnecessários... São precisos 100 anos para recordar os aniversários que se cantaram, as velas que se apagaram, as árvores que se plantaram e os livros que se leram... São precisos 100 anos para se relembrar as 50 vezes que tentamos escrever bem o nosso nome e as outras 50 em que tentamos ver para as conseguir escrever ... São precisos 100 anos para ver e cegar e sentir saudades de olhar para os filhos, os netos, os bisnetos, os amigos, os sobrinhos, os presentes... E ver-se ao espelho... 100 anos de vida postos num roteiro de rugas traçadas por sorrisos e lágrimas 100 de cada e em cada face... São precisos 100 sentidos para se sentirem 100 saudades... E 100 dias para se viver em paz e outros 100 em alegria... e outros 100 só... São precisos 100 lápis de 100 cores para te pintar a viagem, a tua, a nossa a de todos num só dia... Este! O nosso!

domingo, 8 de agosto de 2010







Estou cansada dos textos existencialistas, quero coordenadas. Estou perdida, muito perdida... Não quero conselhos e muito menos moralismos, são a pior forma de ajudar alguém... Quero pessoas, as minhas pessoas, as da minha vida, as que fui e já não me lembro de ser. Quero-me a mim intacta com a mesma vitalidade e com a mesma vontade de sorrir perante as adversidades. Quero saber quem me levou, quem me desarmou, quem me levou a alma, aquela pela qual choro a sua ausência a toda a hora. Quero que me devolvam o que é meu por direito e que por alguma razão deixei escapar nas entrelinhas do passado... Estou farta de artificialismos, de falsos problemas e estou farta de superficialismos, quero-me libertar deles para poder dar graças... Sim graças... Saber agradecer a existência de certas pessoas na minha vida, saber agraciar aquilo que me permite respirar e valorizar isso... Não quero mudanças, foram sempre intempestivas, ingratas, malditas. Mudanças que nos arrancam a essência... Nos deixam a mágoa e nos amarram aos medos e aos problemas do passado... Cansa-me... Cansam-me, os medos, assustam-me e provocam-me ansiedade... O medo da morte, o medo da doença, o medo de me tornar invisível, comum e apática... Detesto vitimizações e estranhas apatias, aquelas que não se justificam... Preciso de ferramentas para combater esta mudança.... Preciso da minha alma... Preciso muito da minha alma...
Alguém viu alguma por aí? Tragam-ma por favor, é minha e estou certa de que,tal como eu, sente saudades minhas!
P.s. Foto publicada no site http://olhares.aeiou.pt/ da autoria de Xavier